Diante da polêmica causada pela decisão do presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), de fechar ao público o acesso às reuniões do colegiado, o líder do PSC na Câmara, André Moura (SE), condicionou hoje (9) a reabertura das sessões ao fim das manifestações contra o seu colega de partido.
“Nunca foi a intenção dele fechar as reuniões, desde que haja, por parte dos manifestantes, comportamento que ele possa presidir as sessões. […] A partir do momento em que os manifestantes entendam que a comissão pode ocorrer de forma respeitosa, tenha certeza de que ele não vai se utilizar do dispositivo que ele tem nas mãos e vai abrir a sessão. Agora, para ele abrir a sessão, é necessário que os manifestantes deixem ele presidir, deixem que as matérias em pauta sejam discutidas e votadas”, afirmou André na manhã desta terça-feira (9).
Confusão
Marco Feliciano reafirmou que mantém sua decisão de restringir o acesso ao público. Mas disse que, se não houver tumulto, pode rever sua posição. “A princípio, está da mesma forma como foi aprovado o requerimento [com a restrição do acesso de manifestantes]. Vou conversar agora com o colégio de líderes, vou pedir a opinião do presidente para ver o que pode ser feito mas, a princípio, mantenho a posição que foi tomada na última reunião. […] Se não houver confusão, abro para todo mundo. O meu problema é apenas a confusão. Mas o pessoal só quer confusão, aí fica difícil”, afirmou Feliciano à Agência Brasil.
O parlamentar participa neste momento de uma reunião com líderes partidários da Casa que discutem sua situação à frente da CDH. Os líderes pretendem pedir para ele deixar o cargo, apesar das constantes declarações de Feliciano de que não deixará o posto. O PSC mantém apoio ao deputado.
Na última reunião da comissão, na semana passada, Feliciano apresentou um requerimento oral aos colegas propondo o fechamento das reuniões para o público. O requerimento foi aprovado por unanimidade. Criticado pela ação, Feliciano argumentou que a sessão não era fechada já que podem participar dela parlamentares, assessores e jornalistas. “Não estamos fechando a comissão. As reuniões serão apenas restritas para que a gente consiga trabalhar. […] Não há ninguém que lamente isso mais do que eu. Falo isso com o coração sangrando, mas eu preciso trabalhar”, disse Feliciano na ocasião.
Fonte: Congresso em Foco