O candidato alerta, porém, que os perigos enfrentados pelo bioma não podem ser desconsiderados. O desmatamento aumentou 28,2%, em relação ao mesmo período de 2021 — o maior valor acumulado em 4 anos
O Distrito Federal recebeu a primeira chuva na sexta-feira, depois de mais de 130 dias de estiagem. Assim, os moradores podem ver o amarelado desaparecer e o verde retomar, aos poucos, seu lugar de direito na paisagem da região, com gramados, arbustos e árvores novamente refrescados.
Mas, para garantir que a vegetação não seja destruída nem que o verde desapareça, é preciso combater as ameaças ao Cerrado, provocadas pela ocupação irregular da terra e pelo desmatamento acelerado. E Leandro Grass — candidato ao governo do Distrito Federal pela Federação Brasil da Esperança — é a pessoa certa para esse trabalho.
Uma pesquisa divulgada em agosto pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostrou uma alta preocupante no desmatamento do Cerrado. Os dados indicam que foram destruídos mais de 4 mil km2 entre o início de janeiro e o fim de julho deste ano.
As informações falam de um aumento de 28,2%, em relação ao mesmo período do ano passado: o maior valor acumulado em quatro anos. Além disso, o desmatamento — de 1° de janeiro a 29 de julho — foi 50% maior que no mesmo período de 2020, quando passou de 2,7 mil km2.
Para Leandro, o cenário é ameaçador, pois traz o risco de a população do DF ficar sem água, entre outros vários problemas. “Não agir, agora, põe em risco o nosso futuro e aumenta a possibilidade de transformar o DF num deserto”, alerta.
Leandro Grass sempre atuou para proteger o bioma Cerrado e a biodiversidade da região. Como deputado distrital, apresentou diversos projetos, leis e iniciativas para proteger o meio ambiente e combater práticas criminosas que põem em risco a vida no DF.
O objetivo de Leandro — inscrito entre os principais eixos do programa de governo apresentado à população — é transformar Brasília na Capital da Sustentabilidade e do Meio Ambiente. Por isso, o candidato reforça a importância de debater esse tema e de colocar em prática medidas urgentes que visam proteger o Cerrado e a biodiversidade local, tendo em vista o acelerado processo de destruição do segundo maior bioma da América do Sul.
“A falta de uma lei nacional de proteção ao Cerrado tem contribuído muito para esse quadro, bem como a falta de fiscalização e de compromisso político das lideranças que deveriam exercer um papel protetivo, de conservação e de desenvolvimento sustentável”, disse o deputado.
Leis e ações de proteção
Leandro é autor da Lei de Preservação e Proteção ao Cerrado — n° 6.364/2019, que dispõe sobre o uso e a proteção da vegetação nativa do bioma — e ressalta que, graças a iniciativas como essa, tem havido avanços no DF. “Mas isso não é suficiente, precisamos valorizar o nosso Cerrado, mantendo-o de pé nas mais diferentes perspectivas”, afirma.
Entre outras iniciativas, Leandro Grass foi autor, também, do projeto que criou um sistema de trilhas ecológicas, conhecido como Caminhos do Planalto Central. O projeto deu origem à Lei nº 6892/2021 — Lei do Sistema Distrital de Trilhas Ecológicas — cuja ideia é criar um instrumento de educação ambiental, incentivar a população a cuidar mais do patrimônio natural e, ainda, ter a opção de lazer em meio a uma vegetação riquíssima.
Chamado de Caminhos do Planalto Central (CPC), o Sistema é composto por trilhas estabelecidas de forma que possam ser percorridas a pé, de bicicleta, a cavalo ou por qualquer outro meio não motorizado. Os percursos devem ser demarcados, preferencialmente, em ambientes naturais, nos quais o visitante sinta-se próximo da natureza e possa usufruir dos bens naturais do Cerrado, de forma sustentável, com fins educativos e socioambientais.
“O DF é um território muito rico em questões culturais, históricas e ambientais. Nosso Cerrado é um bioma importantíssimo e precisa ser preservado, mas ele pode ser usado, com consciência, para atividades de lazer. A construção do projeto teve amplo apoio e participação da população”, diz Leandro.
Serrinha
Em 29 de agosto, o candidato esteve na Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados, em debate sobre as ameaças à preservação da área conhecida como Serrinha do Paranoá, por causa do parcelamento do solo urbano público feito para criar o Setor Habitacional Taquari 2. O debate ocorreu na Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados, presidida pela deputada federal Erika Kokay (PT).
“Esse é um dos maiores conflitos ambientais da história do Distrito Federal e o governador Ibaneis também é responsável por isso, pois promove essa ocupação ambientalmente perigosa”, destaca o candidato. “Temos um conflito entre o interesse público e a ilegalidade. Temos de um lado um projeto de futuro, sobre se nós teremos água no Distrito Federal, e um projeto de enriquecimento que pode transformar o DF num deserto, numa terra arrasada”.
Conheça outras iniciativas de Leandro Grass em defesa do Cerrado e da biodiversidade do DF:
Lei nº 6897/2021 — Institui e inclui no Calendário Oficial do Distrito Federal o Dia da Consciência Ambiental, celebrado em 22 de novembro.
Lei nº 6520/2020 — Altera a Lei nº 6.364, de 26 de agosto de 2019, que dispõe sobre o uso e a proteção da vegetação nativa do Bioma Cerrado, no Distrito Federal, e dá outras providências.
Frente Parlamentar — O deputado Leandro Grass é presidente da Frente Parlamentar Ambientalista da Câmara Legislativa e tem atuado pela sustentabilidade ambiental no Distrito Federal. Durante o seu mandato, destinou R$ 6,6 milhões em emendas parlamentares para a área, além de ser autor de diversas leis para o setor.
Mapeamento de nascentes — O objetivo do Projeto Arco das Nascentes do Paranoá é permitir o mapeamento comunitário de nascentes no DF, incentivando ações de restauração ambiental. O projeto recebeu R$ 160 mil, por meio do mandato do deputado.
Agrofloresta Mecanizada — Leandro destinou R$ 120 mil para executar o projeto Agrofloresta Mecanizada (Bacias Paranoá e Descoberto), que tem como objetivo promover a segurança hídrica e alimentar no Distrito Federal, por meio da implantação de 3,3 hectares de agroflorestas nas bacias do Descoberto e Paranoá. São 10 áreas, de 0,3 hectares, com seu estudo de área e implantação feitos em 2021, para fomentar a agricultura sustentável no Distrito Federal.
Ribeirão Sobradinho — O deputado trabalhou para recuperar o Ribeirão Sobradinho, destinando mais de R$ 1 milhão, para conter a erosão e instalar canais de irrigação. Também destinou recursos para programas de restauração do Cerrado e de formação de cadeia produtiva na região rural da Fercal.