Em decisão publicada no Diário Oficial da União nesta sexta-feira (20), o presidente Jair Bolsonaro nomeou Márcia Abrahão para reitoria da Universidade de Brasília. Depois de muita pressão, a escolha respeita a votação acadêmica de agosto, na qual a chapa Márcia-Enrique obteve 54% dos votos. Atual reitora da UnB, Márcia Abrahão tem seu mandato renovado até 2024.
“É uma vitória, realmente! Tem sido praxe do governo indicar dirigentes simplesmente por afinação ideológica, sem respeito algum à autonomia universitária”, afirma o deputado federal Professor Israel Batista (PV-DF). Segundo dados da Associação Nacional de Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), até novembro, Bolsonaro nomeou 15 dirigentes que não eram os primeiros colocados das listas tríplices.
Com o Partido Verde, Israel Batista é autor da Ação Direta de Inconstitucionalidade – ADI 6565 no Supremo Tribunal Federal que questiona o poder discricionário do presidente na escolha de reitores de universidades e institutos federais. O placar no STF está favorável, com 4 votos a 2. Edson Fachin, Marco Aurélio, Celso de Mello e Cármen Lúcia votaram a favor da autonomia universitária.