O presidente Jair Bolsonaro em discurso na Assembleia das Nações Unidas (ONU), hoje (22), promoveu um show de mentiras no vídeo enviado à reunião. Uma das maiores, sem dúvida, foi sobre as queimadas da Amazônia e do Pantanal. Bolsonaro acusou indígenas e caboclos, sem provas, de colocarem fogo nessas regiões. Mas investigações da Polícia Federal apontam fazendeiros como os responsáveis.
Isentou a culpa do governo federal pelo desmonte ambiental e a falta de ação para o combate ao desmatamento e incêndios criminosos e, claro, incentivo para que crimes ambientais ocorressem “passando a boiada” em regimentos, retiradas de recursos, perseguição a funcionários públicos e órgãos de pesquisa e monitoramento ambiental. Só no Pantanal, já foram queimados 2,9 milhões de hectares. Em abril de 2020, o desmatamento da Amazônia atingiu 529 km², o maior em dez anos.
Não menos grave, o presidente disse que atuou contra a pandemia. O Brasil, está com mais de 4 milhões de infectados com a Covid-19 e 137 mil mortos até o momento. Bolsonaro foi o maior incentivador da quebra da quarentena, do não uso da máscara e promoveu diversas aglomerações, além de fazer propaganda de remédio sem comprovação científica.
O governo não usou todo o orçamento destinado para o enfrentamento ao coronavírus, deixou o Ministério da Saúde meses sem ministro. No lugar, o interino colocado na pasta, foi um militar que não é da área da saúde e, inclusive, foi empossado mesmo com um resultado vergonhoso à frente do Ministério.
Mentiu sobre o valor do auxílio emergencial, acusou um País, sem provas, pelo derramamento de óleo nas praias brasileiras, atacou a imprensa, ONGs e governadores.
Por tudo isso, o Partido Verde (PV) repudia o governo genocida de Bolsonaro, se solidariza com todas as pessoas e instituições atacadas pelo chefe do Estados brasileiro nesse deprimente discurso proferido ao mundo.