“Quando assinei o pedido de instalação da Comissão Parlamentar de Investigação, o fiz pelo entendimento e na expectativa de que a devida apuração dos fatos envolveriam todo o caso, ou seja, o Intercpet, a Lava Jato e os Hackers, de modo amplo, imparcial e impessoal, para que assim tivéssemos o devido esclarecimento deste episódio que até agora causa muitas discussões e desgastes.
O objetivo da investigação deve ser apurar os fatos, colaborar para a punição dos culpados, bem como absolver e tentar reparar a reputação de inocentes.
Porém ao tomar ciência que o objetivo seria investigar “exclusivamente” os membros da Lava Jato e o ex-Juiz Sérgio Moro retirei imediatamente o meu apoio (anexo), por entender que o processo fica prejudicado quando falta qualquer uma das partes, tornando-se restrito, parcial e pessoal.
Ainda, gostaria de observar, que aqueles que acompanham o meu trabalho, sabem que nunca fui conivente com aquilo que não é certo e também nunca me conformei em conviver com a dúvida, sendo sempre favorável à livre investigação e o amplo esclarecimento dos fatos, a exemplo dos casos: Dilma, Cunha e Temer.
No mesmo sentido, nunca concordei em utilizar instrumentos legislativos com com fins políticos, a exemplo da Lei de abuso de autoridade a qual fui contra por entender que se tratava de uma ação explícita para tentar restringir a atuação da Lava Jato e pelo mesmo motivo retirei formalmente o meu apoio desta CPI.”