Considerada um dos pilares da cidadania, a educação pública está em jogo nas eleições deste ano. Isso porque o próximo governante que assumir a gestão do Estado terá o compromisso de elevar os índices do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica).
Atualmente o Ideb de MS está em 5,6 para série iniciais e 4,3 para séries finais, de acordo com a última Prova Brasil em 2015. O teste avalia o aprendizado básico dos alunos e pontua um panorama de melhorias para a educação em sala de aula.
E para saber em quem votar nas próximas eleições, confira abaixo o plano de governo de cada candidato para a educação pública.
Humberto Amaducci (PT)
Entre as suas propostas visando a educação, o candidato Humberto Amaducci do PT vem se comprometendo a ajustar a Base Nacional Comum Curricular. A intenção é retirar “imposições obscurantistas e colocando a BNCC em sintonia com as Diretrizes Nacionais Curriculares”.
Além disso, o governo de Amaducci rejeitará a lei do novo ensino médio. Para ele, a medida foi imposta pelo governo federal sem o devido debate. Isso com a intenção de “fragilizar a qualidade da educação pública em desacordo com o Plano Nacional de Educação e apoiar sua revogação”.
Outra promessa de Amaducci é a ampliação de matrículas na rede integral de ensino. Ainda o candidato garante desenvolver um programa para tratar da violência nas escolas por meio de uma participação efetiva da sociedade.
Aos grupos indígenas, negros, deficientes e moradores do campo o candidato petista promete criar um plano de políticas efetivas que garantam acesso qualificado à educação. Por fim, um dos destaques para o plano de governo de Amaducci é o aumento do financiamento estadual para a educação de MS.
Para isso, ele se compromete em fazer “investimentos vigorosos na melhoria da estrutura física das escolas, contemplando programas complementares como uniforme, saúde, material escolar e merenda escolar articulada com os Programas PAA e PNAE”.
Odilon de Oliveira (PDT)
Semelhante a proposta para a saúde, Odilon de Oliveira quer desenvolver políticas de valorização aos profissionais da educação. Para ele, “a valorização vai muito além da garantia do pagamento do piso salarial nacional do magistério, mas se expande a redefinição de uma carreira promissora, condições de trabalho, formação continuada e saúde laboral”.
Ainda na educação, o juiz aposentado pretende criar um novo modelo de ensino integral, com integração efetiva da família na evolução educacional do aluno.
No que tange a estrutura física escolar, Odilon quer a reforma das unidades de ensino visando a humanização dos espaços educacionais aos alunos e principalmente aos educadores.
Com os olhos na educação profissional, o juiz federal aposentado espera encontrar parcerias no setor privado e com as unidades de ensino profissionalizantes como universidades, institutos federais, Brasil Profissionalizado e Sistema S para conseguir garantir oportunidades de integração ao mercado de trabalho aos estudantes do nível médio.
Por fim aos destaques do pedetista, Odilon vem apresentando uma proposta de ampliação à formação de mestres e doutores no Estado elevando o número de bolsas de estudos concedidas pela FUNDECT. “A ideia é apoiar e fortalecer os programas de pós-graduação existentes no estado e incentivar a implantação de novos programas, visando o fortalecimento das linhas de pesquisas estratégicas de desenvolvimento do Estado”.
Reinaldo Azambuja (PSDB)
Na disputa pela reeleição, o tucano Reinaldo Azambuja (PSDB) pretende manter e ampliar as políticas de valorização dos profissionais da educação. Além disso, Azambuja quer promover a reestruturação das instituições de ensino por meio de reformas e implementação tecnológica nos setores educacionais.
Caso seja reeleito, o governador de MS pretende ampliar a oferta do Vale-Universidade e do Vale-Universidade Indígena, ampliar a oferta da educação de tempo integral, melhorar os indicadores educacionais em todas as regiões do Mato Grosso do Sul, resgatar e estimular a participação dos jovens fora da escola no ensino médio e no ensino superior.
João Alfredo (PSOL)
O candidato psolista João Alfredo apresenta de forma sucinta em seu plano de governo a meta de cumprir a Constituição Federal por meio do artigo 189 que diz que “a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, ao seu preparo para o exercício da cidadania e à sua qualificação para o trabalho”.
Para isso ele pretende incrementar a educação pública, trabalhar pela valorização dos profissionais da educação, investir em climatização e merenda nas escolas, além de desenvolver práticas esportivas e culturais no âmbito escolar a fim de reduzir os índices de desigualdade.
Marcelo Bluma (PV)
O candidato do Partido Verde na disputa eleitoral deste ano pelo Governo de MS vem trazendo em seu plano medidas de implementação e flexibilização aos docentes da educação pública do Estado.
Entre os destaques das propostas de Marcelo Bluma, pode-se ressaltar a inclusão da psicologia educacional no ambiente escolar. Na sala de aula, Bluma quer que a disciplina de sustentabilidade seja acrescida à grande, formando jovens cidadãos que valorizam o meio ambiente.
Além disso, o candidato espero construir uma sólida relação com as instituições representativas da categoria, propiciando debates e até mesmo a indicação para direção das instituições de ensino pública.
Ainda em benefício aos professores, Bluma quer desenvolver uma política de home-office no período do planejamento de aula dos profissionais. Ele acredita que em casa os educadores terão mais condições de projetar aulas produtivas e mais consistentes, e quando forem solicitados na escola os profissionais terão de comparecer conforme o chamamento.
Júnior Mochi (MDB)
O plano emebedista projeta uma educação digitalizada. O projeto de Júnior Mochi (MDB) se compromete em capacitar, implementar e dar condições para o uso das tecnologias no ambiente escolar.
Entre os detaques pontua-se a proposta de ensino a distância para recuperação de alunos evadidos do ensino e capacitação dos profissionais em educação.
Além disso, o governo emebedista projeta melhorias salariais aos profissionais e o fortalecimento de parcerias de ensino profissionalizantes.
Fonte: Página Brazil