Gilberto Soares/MMA
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Encontro: continuidade das ações
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Na 1º Reunião Técnica de 2018, em Brasília, coordenadores estaduais e técnicos do programa planejam as próximas ações.
Brasília (15/03/18) – O Programa Água Doce (PAD), coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, realiza, até esta sexta-feira (16), em Brasília (DF), a 1º Reunião Técnica de 2018. Reunindo os coordenadores estaduais e técnicos do PAD, o evento tem como objetivo acompanhar as atividades desenvolvidas nos estados e alinhar o planejamento das ações previstas para este ano. Participam representantes dos nove estados do Nordeste e de Minas Gerais.
Na programação estão previstos debates sobre dessalinização; mobilização social; sustentabilidade ambiental e obras, os componentes técnicos do PAD. E ainda discussões sobre o sistema de informação, que está em fase final de desenvolvimento, e execução de convênios. A participação do programa no Fórum Mundial da Água e no Fórum Alternativo Mundial da Água, eventos que ocorrem na próxima semana, em Brasília, também estão na pauta.
O secretário de Recursos Hídricos e Qualidade Ambiental, Jair Tannús Júnior, participou da abertura dos trabalhos. De acordo com ele, o Água Doce pode ser considerado o mais exitoso programa do governo federal, pelo seu alcance social e pelos benefícios que leva a milhares de pessoas no semiárido brasileiro.
Tannús lembrou que o PAD foi premiado em outubro passado pela Associação Internacional de Dessalinazação (IDA) e foi reconhecido pelas Organizações das Nações Unidas pela abordagem integrada com que atua no combate à pobreza.
“Esse é um programa que tem muita visibilidade, nacional e internacional, e que foi priorizado na gestão do ministro Sarney Filho. Com mais de 500 sistemas implantados já atingimos metade da meta e investimos mais de R$ 43 milhões, em uma ação para a qual não faltam recursos”, disse. “Por dia, temos o potencial para produzir cerca de 2 milhões de litros de água potável por meio dos sistemas implantados pelo programa”, completou.
CONTINUIDADE
De acordo com o coordenador nacional do PAD, Renato Saraiva, a reunião dá continuidade às discussões do VII Encontro Nacional de Formação, ocorrido em dezembro passado, em João Pessoa (PB). “O encontro não podia ter acabado ali. O nosso foco é na continuidade e aperfeiçoamento dos processos envolvidos nesse trabalho”, explicou Renato.
A coordenadora do PAD em Alagoas, Ana Cristina de Azevedo, conta que a mudança na vida das pessoas a partir do Água Doce é “gritante”. “Hoje somos procurados pelos municípios, que têm interesse de participar”, afirmou.
O programa adota um modelo de gestão compartilhada na qual o governo federal, estados, municípios e as comunidades locais assumem suas responsabilidades para o bom funcionamento dos sistemas de dessalinização. Nas comunidades, o sistema é gerenciado pelo grupo gestor local, estabelecido nos acordos em que a comunidade tem participação decisiva.
BOA QUALIDADE
O Programa Água Doce leva água de boa qualidade a aproximadamente 200 mil pessoas do semiárido brasileiro, região caracterizada pela escassez hídrica, onde as águas subterrâneas são uma das poucas fontes disponíveis.
Tem por objetivo estabelecer uma política pública permanente de acesso à água de qualidade para o consumo humano, incorporando cuidados técnicos, ambientais e sociais na implantação, recuperação e gestão de sistemas de dessalinização de águas salobras e salinas.
Ao todo, 3.145 comunidades da região que mais sofrem com a falta de água já passaram pelo diagnóstico dos técnicos. Da meta de 1,2 mil sistemas de dessalinização, 742 estão contratados, 508 concluídos e 48 em fase de implantação. Para a realização das ações, o Ministério do Meio Ambiente atua com uma rede de cerca de 200 instituições parceiras.
Por: Waleska Barbosa/ Ascom MMA
Fonte: MMA