O Brasil será uma das primeiras potências a confirmar a participação no Acordo de Paris, um esforço mundial para conter a mudança do clima. O Senado Federal aprovou nesta quinta-feira (11/08) o projeto de decreto-legislativo que valida a adesão brasileira ao pacto, já apreciado, em julho, pela Câmara dos Deputados. Com isso, o País está autorizado a depositar o instrumento de ratificação perante as Nações Unidas.
Defendida pelo ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, a rapidez na tramitação do texto reforça o comprometimento brasileiro com a questão climática. “A ratificação pelo Congresso significa a confirmação dos ambiciosos compromissos do Brasil assumidos em Paris”, declarou. “Agora, depois dessa aprovação, o País assume, como um todo, a agenda de baixo carbono tão necessária para combater o aquecimento global.”
LIDERANÇA
A rapidez na validação do pacto reafirma, também, a liderança brasileira na agenda climática. Isso porque, para entrar em vigor, o Acordo de Paris precisa da ratificação nacional de pelo menos 55 países responsáveis por 55% das emissões globais de gases de efeito estufa. Nesse contexto, o Brasil responde por 2,48% das emissões a nível mundial e, após a ratificação contribuirá, em números expressivos, para o início do período de vigência do pacto.
A meta brasileira de redução de emissões de gases de efeito estufa prevê mudanças em todos os setores da economia e, por isso, é considerada internacionalmente como uma das mais ambiciosas. O objetivo é cortar as emissões de carbono em 37% até 2025, com o indicativo de redução de 43% até 2030 – ambos em comparação aos níveis de 2005.
SAIBA MAIS
O Acordo de Paris foi estabelecido no fim do ano passado na 21ª Conferência das Partes (COP 21) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês). Em abril deste ano, foi aberto o período de assinaturas oficiais do pacto, no qual o Brasil e mais de 170 países já confirmaram sua participação.
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