A Executiva Nacional do Partido Verde (PV) solicitou na justiça a perda do mandato do deputado federal Sinval Malheiros Pinto Júnior por suposta infidelidade partidária. A ação foi protocolada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no dia 14 e distribuída ao ministro Luiz Fux no dia 22.
De acordo com as informações disponíveis para consulta no site do TSE, até a manhã de ontem dia 30, não havia decisão sobre o andamento do processo que pede “Perda de Cargo Eletivo por Desfiliação Partidária”.
O deputado foi eleito pelo PV, em 2014, com 59.362 votos. Tomou posse do mandato no mês de fevereiro de 2015 e logo em seguida anunciou reestruturação da legenda em Catanduva destituindo o então presidente Celso Pereira e montou uma nova comissão. Sete meses depois anunciou a saída do PV e ingresso no Partido da Mulher Brasileira (PMB).
O discurso adotado ao justificar a saída da legenda pela qual se elegeu foi a busca por mais autonomia. “Deixo outros grandes amigos no PV, mas preciso buscar maior autonomia e tenho a certeza de que cumpri, neste primeiro ano de mandato, a missão de realizar um trabalho sério, que dignificou a legenda”, avaliou o deputado em novembro ao anunciar o novo partido.
Quatro meses depois, o deputado decidiu mudar novamente de partido e aproveitar a janela de transferência aberta pela minirreforma eleitoral. A legenda escolhida desta vez foi o Partido Trabalhista Nacional (PTN) e a justificativa novamente a busca por autonomia.
“O partido busca espaços nos governos estadual e federal. E o doutor Sinval terá metade do Estado para reunir suas lideranças nesta legenda. A outra metade fica com a deputada Renata Abreu. Ou seja, teremos densidade eleitoral para a reeleição. E o nosso deputado vai contribuir agora com a nova fase do PTN, partido que deve chegar a uma bancada com 15 parlamentares até sexta”, justificou o assessor do deputado no mês passado. Questionado sobre a propositura da ação, o assessor Jurandyr Bueno afirmou que as mudanças de partido teriam sido legais.
“Todas as decisões internas foram tomadas com a assessoria dos advogados Alberto Luiz e Arthur Rollo. Tudo feito, portanto, de acordo com a legislação eleitoral vigente”, afirmou Bueno.
Fonte : O Regional