O coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista, deputado Sarney Filho (PV-MA) cobrou uma posição clara do governo sobre as propostas que o Brasil apresentará em Paris, em dezembro, na Conferência Mundial do Clima – COP 21. “Precisamos discutir a posição brasileira em relação às responsabilidades comuns, porém diferenciadas, dos países nas emissões dos gases do efeito estufa que agravam o aquecimento da terra”, disse o deputado. Ele criticou a participação, até agora “pró-forma” dos vários segmentos da sociedade na elaboração de metas que serão propostas pelo Brasil na COP-21.
De acordo com o coordenador, há uma grande expectativa mundial com os resultados da COP 16, mas com as metas de redução de emissões já apresentadas até agora pelos países que irão participar da cúpula mundial, há um risco concreto de não impedir que a elevação da temperatura média global ultrapasse 2 graus.
A COP-21, no caso do Brasil, segundo o deputado, será realizada no momento em que o país enfrenta sério retrocesso nas políticas voltadas para impedir os desmatamentos e queimadas, que representam a maior parte das emissões de gases do efeito estufa pelo país. “Mexer no Código Florestal em 2012, permitindo a sua flexibilização, acelerou os desmatamentos, em especial em áreas de reserva legal e APPs- Áreas de Proteção Permanente. As mudanças atingiram as áreas de proteção de nascentes e as matas ciliares, agravando a crise da falta de água em reservatórios, como o Cantareira, em São Paulo”, afirmou Sarney Filho.
Para o coordenador da Frente, diante do aumento dos desmatamentos, é fundamental incluir o replantio das matas ciliares e das áreas de nascentes como prioridade nos programas de governo voltados para enfrentar as mudanças climáticas.
“Os retrocessos na legislação socioambiental também ameaçam os direitos e as terras indígenas, em especial na Amazônia. Sabemos que a floresta em pé, tem importância fundamental no controle das emissões de gases que causam o efeito estufa e o aquecimento global e os índios convivem em harmonia com a floresta e os recursos naturais”, lembrou o coordenador.
Fonte: Assessoria do deputado Sarney Filho