Por motivo de saúde, o deputado federal Antonio Roberto (PV/MG) foi aposentado, nesta quinta-feira, 8, pela Câmara dos Deputados. Para a bancada do Partido Verde, ele deixa uma grande lacuna na atividade parlamentar, devido à intensa militância na defesa das questões sociais, éticas e ambientais. Os verdes agradecem seu empenho e dedicação na luta pelas bandeiras do partido no Congresso Nacional.
Natural do município de Montes Claros (MG), administrador e consultor em comportamento humano, Antonio Roberto estava em seu segundo mandato de deputado federal pelo PV de Minas Gerais.
O deputado mineiro participava ativamente de várias comissões temáticas na Câmara. Foi membro titular da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS) e do Conselho de Ética (COETICA). Também trabalhou na comissão externa que apurou as denúncias de maus-tratos aos animais pelo Instituto Royal, na comissão do PL8035/10, que deu parecer sobre o Plano Nacional de Educação, na CPI que investigou a exploração do trabalho infantil e na representação brasileira no Parlamento do Mercosul.
Com parecer marcante, foi relator do Estatuto da Igualde Racial, aprovado em 2010 pelo Congresso Nacional, cujo texto teve como objetivo promover a igualdade de oportunidades e a inclusão social da população negra. Foi ainda relator do Grupo de Trabalho (GT) criado na CMADS para acompanhar a implementação do novo Código Florestal e suas consequências, empenhando-se especialmente pela implementação do Cadastro Ambiental rural – CAR.
Antonio Roberto também se mobilizou pela proteção das abelhas, altamente ameaçadas pelo avanço do uso de agrotóxicos na agricultura convencional. Casos como o de Dourados (MS), onde quase 3,5 milhões de abelhas morreram em poucos dias em fevereiro, e evidências científicas recentes o levaram a propor o debate na CMADS, promovendo audiência pública sobre o tema.
Como membro da bancada que defende os direitos dos animais na Câmara, esteve à frente de diversas iniciativas voltadas à sua proteção. Indicado para representar o Partido Verde no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara no biênio 2013/2014, Antonio Roberto militou intensamente na comissão que analisou a PEC do Voto Aberto (196/12), em favor da transparência na atuação parlamentar. É de sua autoria a proposta que incluiu no texto da chamada lei da Ficha Limpa os crimes praticados contra o meio ambiente. Aprovada em 2010, a norma será aplicada pela primeira vez nas eleições de níveis estadual e presidencial deste ano.