O anúncio foi realizado durante o 1º Encontro de Ações Afirmativas da Coordenadoria Extraordinária de Igualdade Racial, realizado na sede do Centro Administrativo Luíz Osório (Ouro Negro). Durante o encontro, Dr. Aluízio ressaltou a importância de transformar a Coordenadoria em uma Secretaria para aprimorar as ações de promoção da igualdade. A mudança deverá ocorrer no mês de julho.
A decisão do Prefeito foi comemorada por representantes de entidades de valorização da cultura afrobrasileira. Presidente da Associação de Capoeira Raízes de Aruanda, Manoel da Cruz Vieira, o Mestre Dengo, acredita que a criação da Secretaria marca um momento de conquistas de direitos e de visibilidade para diferentes expressões étnicas e culturais.
“É uma notícia boa para Macaé e que vai garantir o que sempre almejamos, que é o fortalecimento, preservação e valorização das tradições e das nossas raízes culturais”, declarou.
Para a diretora do Centro Integrado de Estudos do Movimento Hip Hop (CIEMH²), Dilma Negreiros, a Secretaria vai proporcionar mais visibilidade para as ações afirmativas que já são realizadas na cidade.
– Essas propostas são muito assertivas e proporcionam um novo olhar do Governo do Estado e do Governo Federal para as políticas públicas afirmativas que são realizadas em Macaé. Marca, também, o posicionamento da cidade em tratar, discutir e valorizar o tema da igualdade racial. Além disso, possibilitam mais solidez e diálogo entre as diferentes esferas do governo, na participação em Programas Federais e na troca de experiências, inclusive mostrando o que Macaé já tem feito – disse.
Segundo o Prefeito, a criação da Secretaria permite ao governo municipal trabalhar de forma mais contundente na promoção de uma cidade mais justa e igualitária.
“Esse é um compromisso do governo para dar a relevância que o tema merece. Essa Secretaria estará relacionada à igualdade racial e, também, aos direitos humanos, dando mais força para que o governo atue. A cor do olho, a cor da pele, o formato do rosto, não podem definir o que é certo e o que é errado, o que é bonito e o que é feito. Macaé precisa conviver com um novo conceito de direitos humanos, que inclui a igualdade racial, com oportunidades igualitárias. Por isso, o poder público não pode deixar de assumir sua responsabilidade em fazer sua parte, pois não haverá igualdade enquanto houver um pré-natal ineficiente, falta de leitos, uma educação que não educa. Se o poder público não assumir suas responsabilidades, nada vai ser feito. Que Macaé seja uma referência de justiça e quem sabe, um dia, a gente vai ter a oportunidade de discutir o tamanho da alma e não a cor da pele”, ressaltou.
Fonte : http://www.macae.rj.gov.br