Candidato a prefeito de Campo Grande pelo Partido Verde, Marcelo Bluma foi o entrevistado desta terça-feira (14.08) do Programa Tribuna Livre, da Rádio FM Capital. Para o candidato, a pesquisa eleitoral divulgada pelo Ipems (Instituto de Pesquisas de Mato Grosso do Sul), no jornal Correio do Estado, nesta terça-feira, retrata o momento atual, ou seja, consegue medir apenas a exposição dos candidatos. “A pesquisa está dentro do previsível. Você tem o candidato do governo com a sua visibilidade sendo trabalhada há anos e o Alcides Bernal que ocupou o rádio sempre se posicionando contrário à linha do governo”, ressaltou.
Bluma enfatizou que a pesquisa demonstra que há uma parcela muito grande da população campo-grandense que não quer a candidatura governista. “Quem entende que as coisas devam continuar como estão, naturalmente se alinham com a candidatura do governo. A população que entende que precisa haver uma mudança, se alinha com as outras candidaturas – que inclusive, se somado, é um percentual muito maior que o do candidato governista”, apontou.
O candidato afirmou ainda que, com o Programa Eleitoral e os debates, os números da pesquisa irão se alterar de maneira significativa, uma vez que a população será mais bem informada sobre as candidaturas. “Tenho a convicção que a nossa candidatura crescerá bastante. A pesquisa mostra o que eu sinto nas caminhadas, que a população de Campo Grande deseja um projeto alternativo, de mudança e de renovação. Ela entende que um mesmo grupo no poder muito tempo não é bom para a cidade”.
Sobre o projeto do Partido Verde para a educação, Marcelo Bluma ressaltou que irá trazer para as escolas municipais as eleições para a escolha dos diretores, além de implantar 1/3 da hora atividade para que os professores possam planejar suas aulas, garantir o piso nacional para esses profissionais e ampliar as escolas de período integral no município. “Se tivermos um professor melhor remunerado e com possibilidade de planejamento a qualidade do ensino no município subirá”.
Para a área da saúde, Bluma disse que irá trabalhar emergencialmente para resolver o problema de uma gerência profissional para o setor, mas enfatizou que a maioria dos atendimentos nos hospitais e postos de saúde são decorrência de fatores como a violência, o trânsito e o stress. “Eu proponho, por exemplo, que o poder público tenha uma política municipal de apoio às entidades religiosas para que a gente tenha um trabalho de espiritualidade maior na nossa cidade. Defendo também a retomada do sistema de planejamento urbano do município para que o nosso trânsito possa recuperar a sua harmonia. Estamos construindo uma cidade doente, que produz um trânsito perigoso e gera stress. Estamos propondo um modelo que pense a cidade como um todo”.
Bluma também cobrou das entidades da sociedade civil organizada do município a realização de debates com os sete candidatos que disputam a prefeitura da Capital para que a população conheça suas propostas e possa reivindicá-las ao final do processo eleitoral. “Estamos vivendo um momento rico da nossa cidade. É fundamental o debate para que os candidatos assumam compromissos públicos com a sociedade”, enfatizou.
PV.MS