Aqui em Brasília as nuvens passam mais baixas que em outros lugares, dando a sensação de que estamos mais perto do céu. Não sei a causa. Talvez estes imensos espaços no Plano Piloto possibilitem isso. E assim sendo, o adensamento mais verticalização tangeriam o céu para cima. Será? Bem, do ponto de vista político, a sensação é contrária. O inferno é pertíssimo.
O clima de euforia fabricado pela suposta pujança da nossa economia aos poucos se desfaz, gerando uma tensão visível que se reflete sobre o Congresso e a vida política nacional. Já tive oportunidade aqui mesmo de criticar duramente os nossos investimentos, desde a indústria automobilística à exportação de produtos primários, deixando a educação e tecnologia em segundo plano. Li no avião esses dias que baixamos seis pontos no quesito inovação.
Como poderia dar certo essa economia sem projeção de futuro? Onde está a lógica de crescer sem os compromissos com a inovação? Essa visão estreita, baseada apenas no lucro, tem que ser revista. Temos que repensar a produção. A organização da sociedade. A forma de consumir. Enfim, é hora de termos uma governança com uma orientação estratégica.
Não tem milagre neste tipo de processo. E esse milagre marquetiado deu nisso.
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