Quando Lucy foi resgatada, ela sofria de epilepsia, problemas no quadril, na coluna e na pele. Resultado de anos de maus-tratos num canil no País de Gales, onde era forçada a reproduzir à exaustão.
Lucy é uma cadela da raça cavalier king charles spaniel que passou boa parte da vida presa em uma jaula e já não reproduzia mais.
A história de Lucy, que acabou adotada por uma ativista britânica por direitos de animais, e ganhou três anos de carinho antes de morrer em 2016, virou mote de uma campanha contra as chamadas “fábricas de filhotes” e ajudou a mudar a legislação na Inglaterra para regular a venda de filhotes de cães e gatos.
Ativistas lutaram para acabar com a prática de alguns criadores que mantém fêmeas constantemente prenhes e, muitas vezes, em condições insalubres. A nova lei, prevista para entrar em vigor em 2020, exige que a compra ou adoção de animais com menos de seis meses de idade seja feita diretamente de criadores ou abrigos de animais.
Segundo o governo britânico, a medida inibe a atuação de terceiros no comércio de animais bem como de criadores que separam filhotes das mães até os primeiros seis meses e mantém os animais em situações degradantes forçando-os a procriar no limite de suas forças para aumentar a margem de lucro.
Foi exatamente isso que aconteceu com Lucy.