O Partido Verde entrevista a secretária Estadual de Mulheres do PV/MG e pré-candidata a vereadora de Belo Horizonte/MG, pela sigla, Adriana Buzelin
A secretária Estadual de Mulheres do PV/MG e pré-candidata a vereadora de Belo Horizonte/MG pelo Partido Verde (PV), Adriana Buzelin, é cadeirante e explica a importância da data para o combate ao capacitismo, discriminação e preconceito social contra pessoas com deficiência. “Em sociedades capacitistas, a ausência de qualquer deficiência é visto como o normal, e pessoas com alguma deficiência são entendidas como exceções; a deficiência é vista como algo a ser corrigido; [essas pessoas são] vistas como incapazes e dependentes, além de serem constantemente tratadas como se fossem infantis, usando diminutivo sempre ao se referir a qualquer pessoas com deficiência. Se enxerga a deficiência e não a pessoa”, diz
Buzelin fala que é urgente a representatividade política para essa parcela da população, porque são 46 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência no Brasil. “A necessidade de pessoas com deficiência em cargos políticos se torna extremamente importante e necessária. Temos muitas leis, inclusive a LBI [Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência], porém a maioria não é colocada em prática e são constantemente desrespeitadas. Representatividade desta classe é a palavra”, afirma.
A secretária conta que foi a primeira cadeirante a concorrer a vice-governadora do estado de Minas Gerais, em 2018. Buzelin lembrou de um problema de saúde que enfrentou durante essa campanha. “A título de curiosidade, desenvolvi um cálculo renal por não encontrar banheiros adaptados nos lugares que eu visitava e tinha imensa dificuldade para transitar devida a falta de acessibilidade dos estabelecimentos e ruas de toda Minas Gerais”, esclarece.
Para a vereança, a pré-candidata continuará defendendo os direitos de pessoas com deficiência, mesmo com tantos obstáculos. “Promover, de forma efetiva, a mobilidade urbana e a atenção para todos que têm ou ainda terão mobilidade reduzida. Porém não é fácil se colocar como defensora dessa grande população, pois deparo com preconceito tendo que provar que sou capaz a todo momento”, desabafa.