O Partido Verde entrevista o engenheiro ambiental, ex-secretário municipal de Sustentabilidade, Inovação e Resiliência de Salvador/BA e vereador pela sigla na capital baiana André Fraga
No Brasil, existem cinco espécies de tartarugas marinhas: tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta), tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata), tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea), tartaruga-verde (Chelonia mydas) e tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea). Hoje, todas essas espécies estão em risco de extinção, segundo critérios do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção (ICMBio/MMA) e da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).
O engenheiro ambiental, ex-secretário municipal de Sustentabilidade, Inovação e Resiliência da capital baiana e vereador do PV em Salvador/BA André Fraga, explica os principais fatores e ações que são nocivos para a sobrevivência desses animais. “Poluição dos oceanos, a falta de cuidado especialmente em praias urbanas com a iluminação, a pesca comercial predatórias que muitas vezes acaba levando, matando e pescando muitas tartarugas”, afirma o parlamentar.
Fraga fala da importância da preservação dessas espécies para o meio ambiente. “As tartarugas marinhas são bioindicadores de equilíbrio dos oceanos, é fundamental que a gente tenha ações de conservação e de preservação dos ecossistemas marinhos. E a preservação, conservação e ampliação da população de tartarugas é bioindicador que esse ambiente está equilibrado”, diz o engenheiro ambiental.
De acordo com Fraga, em Salvador existem áreas urbanizadas que recebem tartarugas marinhas para desovar na orla. A fim de proteger esses animais, a Prefeitura da cidade fez um trabalho focado principalmente na iluminação pública que pode afetar o senso de direção das tartarugas. “Quando a tartaruguinha nasce, ela vai no sentido mais claro, porque geralmente é à noite e a lua reflete no mar. Então, a água fica clara, se por acaso tiver uma iluminação voltada para o mar, a tartaruga acaba indo para outro lado. Então, toda iluminação no trecho de orla que compreende nesses espaços quem tem desova de tartaruga, a gente fez de uma maneira adaptada, quando ela for sair do ovinho ela não vai se confundir para que lado ela precisa ir, essa é a ação mais importante”, declara o ex-secretário municipal.
Além do papel do Estado, é essencial que a comunidade ajude a preservar as tartarugas marinhas. Fraga cita como esse trabalho em conjunto é feito. “O [Projeto] Tamar, junto com os moradores fazem o monitoramento desses ninhos e monitoramento junto com as equipes de limpeza urbana que fazem a limpeza da praia”, finaliza o vereador.