O planeta está vivenciando uma nova extinção em massa e o ser humano é a principal causa dela. Anualmente, em média duas espécies de vertebrados são extintas. Poucas pessoas se dão conta disso, muitas acham que são números pequenos e é um processo lento. Mas pesquisadores alertam: o mundo está passando pela sua sexta extinção em massa, a primeira desde o desaparecimento dos dinossauros, há cerca de 65 milhões de anos.
Na história da Terra, consideram-se cinco extinções em massa além da que está ocorrendo no período atual (Holoceno):
1ª – Extinção no Período Cambriano – Ocorreu há cerca de 550 milhões de anos, afetando os trilobitas, ancestrais de insetos e aracnídeos, graças a uma forte redução no nível do mar, que acabou eliminando seus habitats e mudanças nas correntes marítimas que jogaram muitas das espécies em águas frias e sem oxigênio;
2ª – Extinção no Período Ordoviciano – Ocorreu há cerca de 440 milhões de anos, afetando os invertebrados marinhos, graças à glaciação, o consequente frio e o gelo acumulado nos continentes que reduziu o nível do mar e acabou com seus habitats;
3ª – Extinção no Período Devoniano – Ocorreu há cerca de 365 milhões de anos, afetando os peixes, graças ao aquecimento seguido de rápida glaciação que causou uma diminuição do oxigênio nos oceanos e evidências de um grande impacto de asteroide no período;
4ª – Extinção no Período Permiano – Ocorreu há cerca de 145 milhões de anos, afetando os répteis anteriores aos dinossauros, graças a um derramamento de lava onde hoje é a Sibéria que causou a maior das extinções e um asteroide com mais de seis quilômetros de diâmetro que se chocou com a Terra;
5ª – Extinção no Período Cretáceo – Ocorreu há cerca de 65 milhões de anos, afetando os dinossauros, graças a um asteroide de mais de dez quilômetros de diâmetro que caiu próximo onde hoje é conhecido como Golfo do México e indícios de forte atividade vulcânica no período.
Com o avanço do homem nas áreas verdes restantes e a população global crescendo, é difícil imaginar que se não houver mudanças drásticas na forma de se olhar e cuidar do meio ambiente e da forma predatória que o homem age sobre a natureza e os animais, ele não conseguirá reverter este massacre que já está em curso.
Atualmente a humanidade passa por um período de perda de diversidade que, além de todo um contexto envolvendo a importância das plantas, causa um efeito cascata em que o desaparecimento inicial de uma espécie que perde o seu habitat cria um ‘’efeito dominó’’ que leva a extinção ou diminuição de outras espécies.
De acordo com os pesquisadores da Universidade de Exeter, na Inglaterra, existe um maior risco de ocorrer este efeito cascata se não houver nenhum animal para preencher a lacuna criada pela perda da espécie.
Para se entender o efeito ‘’cascata’’ vamos utilizar como exemplo uma espécie de abelha brasileira. Com a extinção dessa abelha, além da polinização na região que seria comprometida, prejudicando assim diretamente as plantas e indiretamente os humanos, prejudicaria também outros animais que dependem dessas plantas para a se alimentar.
A ação humana desenfreada, a perda do habitat, organismos invasores, a poluição e as mudanças climáticas tem causado uma aniquilação biológica que ocorre ao redor do globo, segundo Rodolfo Dirzo, professor de biologia em Stanford e coautor do estudo publicado em 2017, na ‘’Proceedings of the National Academy of Sciences’’.
Em estudo publicado em 2015 com base em dados da União Internacional para Conservação da Natureza, foi apontado que o espectro da extinção ameace cerca de 41% de todas as espécies de anfíbios e 26% dos mamíferos conhecidos.
Se não houver política específica para preservação do meio ambiente e a diminuição do avanço predatório em áreas verdes e nos animais em risco de extinção e animais em geral em grande escala, o futuro será sombrio para a humanidade.
Fontes: O Globo, Super Interessante, Mundo Educação, Ecycle, Eco Debate, BBC, G1 e Exame.
ASCOM PV