Um dos nomes mais respeitados da arqueologia brasileira, Niéde Guidon dirige o Parque Nacional da Serra da Capivara e é a principal responsável pela preservação dos seus 700 sítios arqueológicos, onde há esqueletos humanos e mais de 30 mil pinturas rupestres abordando os mais diversos temas. O parque tem 130 mil hectares, e as dificuldades financeiras, a burocracia estatal e as invasões de caçadores e vândalos fazem com que Niéde trave uma luta diária para preservá-lo. Ela também fundou e preside a Fundação Museu do Homem Americano.
“No meio da caatinga, no sertão do Piauí, uma mulher descobriu as marcas da história dos povos que aqui viviam e percebeu como era importante preservar os escritos rupestres. Então, mais que uma cientista, Niéde Guidon se assumiu como guardiã dessas crônicas petrificadas de uma gente que por aqui vivia. Graças a ela existe o Parque Nacional da Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato, no Piauí, com as marcas dos antigos povos”, destacou Sarney Filho.
Ainda no evento, Niéde Guidon fez questão de estender a homenagem a todos que trabalham com ela na preservação do Parque, desde 1973, ao tempo em que também fez um alerta para o processo de desertificação que vem sofrendo o sertão nordestino. “Nos últimos anos, em São Raimundo Nonato, assisti pessoalmente a destruição de rios, que outrora crianças tomavam banho e hoje, em função do assoreamento provocado pelo homem, praticamente não existem mais. Se não fizermos o homem entender que ele é o maior responsável pela destruição do meio ambiente, não deixaremos nada para as futuras gerações”, ressaltou.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Liderança do Partido Verde