Active design é um movimento iniciado nos Estados Unidos que usa o desenho das cidades para promover comunidades ativas. O movimento mostra que a forma como as cidades são planejadas impacta num estilo de vida mais ou menos saudável nas comunidades. Locais de fácil acesso para pedestres, estacionamento para bicicletas, entre outros, ajudam frequentadores a terem bons hábitos, de acordo com o Ecycle.
As diretrizes a serem seguidas através do active design foram publicadas em ‘’Active Design Guidelines’’ e foram desenvolvidas pelos departamentos de planejamento, de construção, de transporte e de saúde da cidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos. Nele é abordado o planejamento da cidade como um todo, que vão desde edifícios até ruas com a ideia de aumentar a oportunidade de atividades físicas, que beneficiariam pedestres e ciclistas.
O movimento começou em Nova Iorque quando a prefeitura percebeu que poderia utilizar o urbanismo para criar uma cidade mais ativa e, consequentemente, reduzir os gastos de saúde combatendo doenças como o sedentarismo e obesidade, que estão relacionadas à falta de atividades físicas. O active design mostra que urbanismo e medicina estão estreitamente ligados.
Os argumentos do movimento fazem sentido quando, por exemplo, pesquisas feitas na Dinamarca mostram que o incentivo do governo ao uso de bicicletas o fez economizar quase seis vezes mais, entre as economias estão desde cortes de despesa com saúde, redução do congestionamento, poluição do ar, ruído, desgaste rodoviário entre outros. Para se chegar nesse resultado foi calculado os custos do impacto. Enquanto do carro é de 0,50 euros por quilômetro o da bicicleta é de 0,08 euros por quilômetro.
No Brasil, a organização Cidade Ativa é formada por colaboradores de diversas áreas que acreditam em cidades e estilos de vida mais saudáveis. De acordo com o site da Cidade Ativa,‘’é uma organização social sem fins lucrativos criada para fomentar a discussão sobre o impacto que o planejamento urbano e que a arquitetura das edificações exercem sobre o estilo de vida e sobre saúde pública.
A mesma possuiu diversos projetos de arquitetura, urbanismo, formulação de diretrizes, estratégias e políticas que sejam capazes de transformar espaços físicos que tornam o dia-a-dia das cidades mais ativo. A Cidade Ativa já foi premiada internacionalmente em concursos como o Urban Urge Awards.
O active design em uma cidade, de acordo com as próprias diretrizes do movimento:
- Desenvolver e manter lugares de uso misto nas vizinhanças da cidade;
- Melhorar o acesso a lugares para transitar;
- Melhorar o acesso a lugares como shoppings, parques, espaços abertos e espaços de recreação;
- Melhorar o acesso a lugares com alimentação saudável;
- Criar ruas acessíveis, seguras, amigáveis ao pedestre, com boa iluminação e fontes de água;
- Promover a caminhada entre diversos ambientes;
- Facilitar o ciclismo para recreação e transporte desenvolvendo redes de bicicletas e estruturas seguras para pedalar;
- Criar construções com espaços exteriores abertos e amigáveis, transparentes e que incentivem a caminhada;
- Incentivar o uso de escadas oferecendo acesso e segurança nas escadarias;
- Oferecer dispositivos como chuveiros públicos, armários, bebedouros, locais para guardar bicicletas e outros que incentivem a prática de exercícios.
Fontes: Center for Active Design, Ecycle, Active Design Guidelines, Free the Essence, Science Daily e Cidade Ativa
ASCOM PV