Por: Rivaldo Fernandes Pereira – Membro da Executiva
Nossas bandeiras foram rasgadas pelo governo Bolsonaro. O Partido Verde já sabia e, desde sempre, declarou veto a seu nome em nossa convenção nacional. E por que continuar fazendo oposição?
Há um desmonte da legislação ambiental. Há um desmatamento sem controle na Amazônia e um descomprometimento com a agenda climática internacional. Sem falar dos agrotóxicos que foram liberados envenenando nossos alimentos e a saúde de quem trabalha no campo.
No plano econômico, o país continua, desde o governo Lula, e agravado neste governo, o processo de desindustrialização.
Todos sabem que o parque industrial brasileiro está sendo desmontado para facilitar a ação de multinacionais.
Nossas empresas públicas rentáveis estão sendo entregues ao capital monopolista internacional. Parte da Petrobras, empresa estratégica, já está sendo privatizada. Eletrobrás, Correios e outras seguem na mira da desestatização. Depois, será a vez do Banco do Brasil, do BNDES e da CEF, entre outros.
As reformas em curso não cumprem o objetivo de melhorar a vida do povo. Aprovaram as Reformas da Previdência e Trabalhista prometendo os empregos que nunca apareceram. Temos mais de 14 milhões de desempregados; o trabalho foi precarizado e o sonho de aposentadoria virou pesadelo.
Nos bastidores do Planalto há tentativas de golpe nas instituições. Acham pouco seis mil cargos comissionados ocupados pelos militares.
E a pandemia?
Ah sim…continuam negando e, se não fosse a pressão da sociedade, não teríamos as vacinas. A morte faz parte da agenda fascista.
O Brasil voltou a ser colônia cujo papel é fornecer matérias-primas para os países industrializados. Os esforços de Vargas, Juscelino, Geisel e Lula foram por água abaixo.
Precisamos de um projeto nacional de desenvolvimento sustentável,que recoloque o Brasil no palco das grandes nações do planeta: tarefa dos verdes.
E a saída?
Nossa Direção Nacional já indica há algum tempo:
1) Lutar por uma frente ampla de partidos para derrotar o inimigo número um do meio ambiente: Bolsonaro.
2) O Partido Verde já participa há algum tempo da articulação que envolve o PDT, de Ciro Gomes, a REDE, de Marina Silva, o PSB, de Carlos Siqueira,e de conversação com diversas personalidades públicas.
Derrotar Bolsonaro e, nesta luta, apresentar a proposta de desenvolvimento sustentável que rege nosso programa. Lutar para que nossas ideias sejam respeitadas.
No grupo que o presidente Penna articula, e faz parte, há um projeto para o Brasil que é um verdadeiro manual de como retomar o desenvolvimento escrito por Ciro Gomes. Cabe a nós estudá-lo para incorporar nossa visão de mundo.
O Partido Verde não pode abrir mão de apresentar, nas próximas eleições, uma proposta verde de desenvolvimento nacional, de modo que o Brasil volte a ser inserido na geopolítica mundial como país que aposta na perspectiva de um novo país para um novo mundo.