A deputada estadual e secretária nacional de assuntos para a Rio + 20, do Partido Verde brasileiro, Aspasia Camargo (PV/RJ), defendeu a transferência do subsídio que os governos dão às formas tradicionais de energia para a geração de energia limpa.
É consenso que a maior parte dos governos dos estados hoje esteja oferecendo de 1% a 2% dos respectivos Produtos Internos Brutos (PIB) para subsidiar a geração através do diesel ou de outras fontes não renováveis.
Ela defende que esses incentivos passem a ser ofertados para a geração de energia limpa, como a eólica, a solar e a biomassa, acelerando a participação dessas formas na composição da matriz energética dos países. “Precisamos retirar os subsídios da energia ruim e transferir para energias alternativas”, defende a deputada.
Camargo citou ainda o exemplo da energia solar, que teve reduzido seu custo de geração em 75% de 2008 para cá. E que desse total, 45% do barateamento aconteceu neste último ano. “É o momento certo de unirmos economia e meio ambiente”, enfatizou Camargo.
O discurso da deputada aconteceu na mesa de debates preparatórios para a Rio + 20, no Global Greens, Dakar, Senegal. O mediador dos debates dessa mesa foi o presidente da Fundação Verde Herbert Daniel, Marco Antonio Mroz. A conferência Rio + 20 acontecerá em Junho deste ano, no Rio de Janeiro, e pretende discutir o que melhorou e o que piorou desde a Eco 92 e o que deverá ser feito a partir de agora.