O Executivo e os grupos privados responsáveis pelas obras de infra-estrutura, necessárias à realização das Olimpíadas de 2016, serão obrigados a adotar medidas ecologicamente corretas nas obras de infra-estrutura para as Olimpíadas de 2016, de acordo com projeto de lei apresentado nesta segunda-feira, 9, pelo coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista, deputado Sarney Filho (PV-MA). O objetivo principal é contribuir para a redução das emissões dos gases responsáveis pelo efeito estufa, a economia de energia e de água, além do uso racional dos recursos ambientais como um todo.
Entre as medidas está a que estabelece nas licitações e contratos como critério de seleção o uso de produtos e serviços ambiental e socialmente sustentáveis. Outro dispositivo fixa que somente poderão ser utilizadas madeiras oriundas de Planos de Manejo Florestal Sustentáveis.
“A proposta visa garantir uma olimpíada em sintonia com as exigências do mundo moderno, com programa de coleta seletiva, reciclagem e destinação adequada de resíduos, saneamento básico e a implantação de um sistema de transportes públicos que utilize aparelhos movidos à eletricidade ou biocombustíveis”, explicou o deputado.
Para Sarney Filho, os desafios de sediar o evento vão muito além do cronograma inflexível para a conclusão das obras. “São prioritárias, também, iniciativas na área de segurança pública, medidas para diminuir a violência e, acima de tudo, deter o processo de favelização, oferendo melhores condições de vida a todos”, defendeu. Ele citou como urgentes a coleta e a destinação adequada de resíduos sólidos e a despoluição da Baía de Guanabara e de suas Lagoas.
Efeito Estufa
“Não podemos perder de vista que o nosso país é hoje o 4º maior emissor mundial dos gases causadores do efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global”, afirmou o deputado, ao defender iniciativas que contribuam para diminuir as emissões de gases poluentes durante as Olimpíadas. Ele incluiu nesse esforço, atenção para a exploração das jazidas de petróleo da camada do pré sal, que aponta para um aumento significativo da contribuição de poluentes, que podem chegar a seu limite extremo em mais 1,3 bilhões de toneladas de CO2, lançadas na atmosfera.
“O evento representa uma grande oportunidade para que o governo e o povo brasileiro mostrem o seu compromisso com a causa ambiental”, concluiu o deputado. (Assessoria do deputado SF)