A falta de equilíbrio pensante nas decisões que mudam profundamente nossos hábitos e costumes poderá levar o Brasil ao caos, com inequívocos focos de ingovernabilidade e insurgências difusas nos respectivos estados.
Isto porque nossa sociedade infelizmente ainda não aprendeu a ter autodiscernimento, autoarbítrio e vocação para o equilíbrio, vive sempre de uma polarização e política infantil e bipolar, aonde uns passam a discutir com outros pelas simples preferencias eleitorais e vínculos partidários contra palavras e pensamentos individuais.
Acabam necessitando assim de um controle centralizado e paternalista, que sempre foge de pensamentos e problemas mais complexos, esta não sabe se reunir nos bairros, nas cidades, federações, sindicatos laborais e patronais, associações de classe e do comércio, bem como a inequívoca manifestação da saúde, totalmente certa sobre seu enfoque, nem de forma virtual em grupos de discussão que hoje já tem a capacidade de evitar a contaminação cabeça a cabeça;
O problema reside no fato de que, muito embora a saúde e a necessidade de vida prevaleça, sabemos que uma quarentena por demasiada longa, especialmente num país de estados pobres, pode levar ao arrocho da miséria, da fome, ao aumento da criminalidade e instabilidade institucional, além da perda da vida do eleitorado pelo aumento da criminalidade e risco de agressão entre pontos de vista rivais
Isto além da morte dos próprios políticos, do estado em seus fundamentos essenciais bem como do próprio sistema geral da saúde, já que não se saberá de onde arrecadar impostos e tributos para custear a situação de calamidade generalizada, agora além das consequências da virose biológica, o vírus da desigualdade e da luta de classes que vieram junto com a contaminação.
Destarte parece ser evidente que a quarentena seja melhor aceita e mais amortizada nos bairros mais ricos, simplesmente porque os mantimentos e a poupança é maior sendo evidentemente perigoso aqueles que dependem do trabalho do dia a dia, do comercio e da comissão sobre as vendas, das aulas e do contato público, já que nem tudo pode ser feito num mundo virtualizado.
Se não bastasse a massa excluída e marginalizada, sempre sujeitas a morte de qualquer modo, vem o fantasma do desemprego e da fechada de portas generalizada por um paciente que não suportam muito mais que um mês de portas fechadas com os alugueis e manutenção das sedes e filiais, exações, além das classes nevrálgicas dos mercadores, caminhoneiros, lixeiros e de outros serviços essenciais, que engrenam o abastecimento nas metrópoles.
Entretanto vimos que, apesar do poder executivo chamar à centralização heroica, este mesmo que deveria decidir de forma definitiva e por último, não vimos a saúde fazer desde o inicio o que parece certo, distribuindo roupas, mascaras, luvas e sapatilhas descartáveis para sobreviver ao pior: A perda de nossa moeda estabilizada.