PARLAMENTARISMO OU NAZi-FACISMO À BRASILEIRA?
O jornalista Ricardo Cappelli e ex-presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes) na gestão 1997-1999 fez um alerta na semana passada nas mídias sócias que o governo Bolsonaro prepara o ambiente para fechamento do congresso. Essa preocupação com a natureza nazi-facista deste governo tem sido palco de conversas nossas com a direção nacional.
O presidente Nacional do PV José Luiz Penna defendeu na última reunião do gabinete político que está na hora de construir uma ampla frente de partidos, personalidades públicas, instituições, movimentos sociais, igrejas para articular todos os brasileiros para defender o regime democrático de direito e fazer oposição ao Governo Bolsonaro que tem seguidamente desmantelado o arcabouço das Leis ambientais brasileiras.
A tarefa de construção da frente ampla seria a principal tarefa política dos verdes na atual conjuntura brasileira e Penna já desenvolve os primeiros esforços no rumo dessa construção em São Paulo.
Em conversa com nosso ex-candidato a presidente da república Eduardo Jorge sugeri que o PV, através de nossa base parlamentar em Brasília, desarquivasse a PEC 50/2016 de sua autoria, que propõe a implantação do parlamentarismo no Brasil. Além disso, reestruturar a Frente parlamentarista Franco Montoro, do Congresso Nacional, criada por Penna, com 256 deputados.
Uma audiência pública na Câmara Federal poderá ser requerida pela bancada de deputados federais do PV e convidar além de figuras públicas ligadas ao tema, o nosso presidente nacional Penna e nosso propositor Eduardo Joerge.
Quais os sinais que a conjuntura política aponta como indícios que o atual governo tem uma natureza nazi-facista e quer implantar no Brasil um regime com essas características?
Segundo Ricardo Capelli, Vamos seguir os sinais:
- Fato: “Moro fica irritado com a decisão de Maia de adiar a análise de seu pacote anticrime. Faz cobranças. O presidente da Câmara reage chamando o ex-juiz de “funcionário de Bolsonaro” e desqualificando o “copia e cola” do ministro da Justiça”.
- Fato: “O que faz Moro? Solta uma nota e dobra o ataque ao Congresso: “Talvez alguns entendam que o combate ao crime pode ser adiado indefinidamente, mas o povo brasileiro não aguenta mais.” Carlos Bolsonaro sai na defesa do ex-juiz e ataca Maia nas redes”.
- Fato: “Nos EUA, o “guru” Olavo de Carvalho chama Mourão – que vinha sinalizando moderação e entendimento – de idiota. Bolsonaro leva Olavo e Bannon para reuniões na terra do Tio Sam”.
- Fato: “Temer é preso. Segundo Bolsonaro, “acordos políticos feitos em nome da governabilidade” levaram Michel e Moreira para o xilindró”.
- Fato: “A prisão do ex-presidente é acompanhada de uma ofensiva nas redes contra o STF. Ela foi uma evidente reação – novamente arbitrária e ilegal – da Lava Jato às suas derrotas recentes na Suprema Corte. A República de Curitiba resolveu mostrar quem manda”.
- Fato: “Acompanhando Bolsonaro no exterior, Felipe Martins, assessor da presidência da República, é claro e direto. Defende nas redes a união da ala “anti-establishment” do governo, a mobilização popular, a “quebra da velha política” e a Lava Jato”.
- Fato: “Surgem sinais preocupantes na caserna. Circula a informação que o ministro da Defesa, tido como moderado, resolveu condecorar o “Torquemada” Deltan Dallagnol”.
- Fato: “A proposta de reforma da previdência dos militares é uma peça de ficção. A economia de 1 bilhão por ano é irrisória. A proposta é acompanhada de uma reorganização das carreiras, privilegiando os mais graduados. Descuido? Trapalhada?”.
- Fato: “O mercado fica apavorado com a briga de rua entre Bolsonaro e Rodrigo Maia. O “Botafogo” foi chamado de namoradinha de beicinho pelo Capitão. A crise escala. Demonizaram a política e desestabilizaram a democracia. Esperavam o quê?”
- O Capitão vota no Congresso? Os generais votam? O MPF vota? De quem é o dever constitucional de aprovar leis? O executivo encaminha a proposta, mas quem vota?
- Fato: “A derrota na previdência e o caos financeiro podem ser o “pretexto final”. Bolsonaro já disse que não gostaria de fazer a reforma. Os militares são contra. As corporações da Lava jato, elite do funcionalismo público, idem”.
- Fato: “Que tal o desemprego subindo, a miséria aumentando e a culpa do caos ser dos políticos que só pensam nos seus próprios interesses e de ministros do STF que “vivem de soltar corruptos””?
- Fato: “A aliança entre a turma Olavo-Bannon, militares e Lava Jato está emparedando o STF e o Congresso. Rodrigo Maia parece iludido. Ainda não percebeu que ele e seus amigos do Centrão são os inimigos, os próximos na fila do Dr. Bretas”.
- Se a reforma não passar, a aliança entre o mercado e os grandes grupos de mídia vai tentar derrubar Bolsonaro. O Capitão vai reagir. Pode até cair descartado como excesso indesejável, mas nenhum país resiste a tanta instabilidade.
- “Ficando ou caindo, diante do caos, as condições para um fechamento democrático estarão dadas”.
- Fato: “Quem empurrou o Brasil para esta situação talvez não tivesse noção do que fazia. Bolsonaro está sendo coerente. Tem noção do que faz. Veio para destruir um sistema político definido como “velho e podre” por Merval Pereira e sua trupe”.
A gravidade do momento exige que O PV que é um partido parlamentarista inicie o debate público, a partir da Câmara Federal, com liberais, socialistas, democratas, cristãos e ativistas de todas as matizes que sentem e conversem. A democracia está derretendo mas ao mesmo tempo está maduro para a implantação do parlamentarismo no Brasil.
PARLAMENTARISMO OU NAZi-FACISMO À BRASILEIRA?
A nossa tese é que somos a única agremiação partidária capaz de assumir o protagonismo dessa luta, por ser limpa, e por tradição ter a defesa do parlamentarismo como opção estratégica para trazer o desenvolvimento sustentável para o Brasil.
“Depois não digam que não falei das flores” (poeta paraibano Geraldo Vandré)