Eleito como o próximo prefeito de Diadema, ao conquistar 60,44% dos votos ante 39,56% de seu adversário e atual chefe do Executivo, Mario Reali (PT), o jovem Lauro Michels (PV) também foi responsável por quebrar a hegemonia petista na cidade, que já durava 30 anos e que fazia com que o município fosse considerado o maior reduto petista do ABC.
Em sua primeira entrevista após ser eleito como prefeito de Diadema, Lauro Michels voltou a garantir que em seis meses realizará uma completa reforma administrativa no município, com a auditoria nos contratos mantidos pela Prefeitura e o corte de 35% dos cargos comissionados, além de garantir a continuidade de programas sociais mantidos pela gestão de Reali e a manutenção da integração gratuita nos terminais de ônibus da cidade, que passaria a ser cobrada por imposição da empresa METRA, que pede R$2 por baldeação para investir na manutenção dos corredores.
“Não vamos cortar nada que seja em beneficio da população, iremos olhar com carinho para as políticas que estão dando certo. Nossas primeiras ações serão para colocar a casa em ordem e fazer as auditorias que devem ser feitas com o objetivo de cortar os cabides de emprego. Como prometido, vamos cortar os 35% dos cargos comissionados que prometemos, para colocar a Prefeitura nos trilhos” garante Michels. “Nos seis primeiros meses, o foco será esta reestruturação administrativa. Faremos com que a cidade tenha seu gerenciamento alterado, com mais dinheiro, para que administração possa fluir com recursos próprios”, projeta.
Em relação à gratuidade das baldeações nos terminais, Lauro Michels é ainda mais enfático. “Se for necessário, nós vamos para a pista de trólebus, vamos parar o transporte. Iremos fazer o que for necessário, isso eu garanto para o povo de Diadema. A população não vai pagar R$1 lá dentro nem que a vaca tussa. Nós vamos fazer o possível e a Prefeitura vai arcar com esse gasto junto ao Governo do Estado”, afirma.
A alternativa proposta pelo próximo chefe do Executivo foi muito combatida por Mario Reali durante a corrida eleitoral, que defendia que a Prefeitura deveria lutar para não arcar com nenhum tipo de valor. Michels, no entanto, defende que o direcionamento dos valores gastos com os comissionados serviria para bancar os cerca de RS40 mil necessários por dia para custear as passagens.
Governabilidade
Logo após o termino das apurações, o prefeito Mario Reali (PT) declarou que os petistas realizarão uma oposição histórica à gestão de Michels. Somada ao fato que a coligação petista atingiu grande maioria na Câmara, a afirmação ganhou ainda mais peso, tendo em vista que a atuação dos vereadores oposicionistas poderia ser um fator complicador na governabilidade da gestão do verde, que garante não temer nenhum tipo de entrave, mas que novamente volta a se posicionar de maneira mais forte.
“Enquanto fui vereador, sempre fiz uma oposição séria e espero que façam o mesmo. Nunca deixei de aprovar projetos que favoreciam os cidadãos e eles também devem agir assim. O que não podem é se colocar como donos da cidade, que é apenas do povo”, alfineta.
Fonte : Repórter Diário