Ao pedir o afastamento do procurador Felício Pontes do caso Belo Monte, o Governo Federal apenas atesta sua intenção de construir a qualquer custa a Hidrelétrica. Os indígenas deveriam ser ouvidos e não foram. Deveriam ser orientados pela FUNAI, mas foram enrolados pelo presidente, o paraense Márcio Meira. Só resta o combatente Felício Pontes, única voz oficial do estado brasileiro a se levantar e ajudar as comunidades a defenderem seus direitos. Se Felício for afastado do caso, será como apagar a única chama acesa que ainda ilumina os pontos obscuros desta obra.
A OAB Pará, através da Comissão de Meio Ambiente, era uma instituição que também lutava para o cumprimento das condicionantes, cobrando cada ponto que consta na licença prévia e na defesa da população local, mas também foi calada com uma brutal intervenção que começou a ser arquitetada por advogados de Altamira, alguns deles ligados diretamente ao Consórcio Norte Energia, construtora da Usina assassina.
Resta nesta luta apenas as poucas entidades da sociedade civil local, que contam com o MPF e com a tenacidade de Felício Pontes para gritar por seus direitos. Mesmo para os que defende esta absurda obra, mas que são democratas, a presença de um procurador como Pontes garante o mínimo de debate e do contraditório.
Apelo as pessoas que acessarem este Blog que protestem contra mais este absurdo ataque aos direitos fundamentais das comunidades tradicionais e do meio ambiente enviando mensagens para Justiça Federal, para o CNJ, para a presidência da república. Espalhem esta mensagem de protesto por todos os meios possíveis, vamos fazer a nossa parte em defesa da permanência do Procurador Felício Pontes.
fonte : PV. PA