Embalada pela plataforma de inclusão social e desenvolvimento sustentável, que atrai eleitores decepcionados com o atual ocupante da Casa Branca, a candidata do Partido Verde (Green Party), a médica pediatra Jill Stein, é uma opção de voto em 38 Estados americanos.
Com a disputa apertada entre o atual presidente e candidato à reeleição Barack Obama (Democrata) e o ex-governador Mitt Romney (Republicano), as sondagens nacionais apontam um revezamento na liderança por no máximo 2 pontos, e a estimativa feita pelo Instituto de pesquisa Gallup que os demais candidatos poderão receber até 7% dos votos, Jill Stein conseguiu projetar o Partido Verde nos Estados Unidos, a exemplo do que já acontece em mais de 200 países onde os Verdes estão organizados e atuantes.
Mesmo sem dinheiro para produzir e veicular programas de TV e até para colar cartazes nas ruas, Jill e a candidata a vice-presidente, Cheri Honkala, conseguiram realizar uma campanha franciscana, que entra para história do PV mundial. E incluir nos boletins de voto seus nomes para que o eleitor americano possa escolher, dada a dificuldade que o sistema americano impõe, já é considerada a maior vitória por muitos analistas políticos.
Além de propor a discussão de uma Agenda Verde no debate político, o grande mérito da candidatura de Jill é mostrar que a eleição americana pode ir além do bipartidarismo, hoje representado por Democratas e Republicanos. ‘É hora de se libertar da velha economia e da velha política’, ressaltou Jill.
É importante destacar que tanto a candidata a presidente e sua vice vieram do ativismo social. Jill do ambiente e da saúde pública e Holanka, ex-moradora de rua, da militância contra a pobreza. Em 2002, Jill concorreu ao governo de Massachusetts, perdendo exatamente para o republicano Romney.
Jill defende um novo pacto ecológico para criar milhões de postos de trabalho, um Pacto Verde, para lutar contra as mudanças climáticas e os problemas ambientais. Para financiar este plano há que reduzir os gastos militares, reduzir o desperdício nos seguros de saúde privados e aumentar os impostos sobre o capital, os offshores e o patrimônio imobiliário de luxo. Para trabalho igual, salário igual. Para o salário mínimo, dignidade.
Fonte : PV.PR