Com a eleição de seis prefeitos na Grande São Paulo, o PV desponta neste ano como a terceira força da região. A legenda, que hoje comanda 1 das 38 cidades ao redor da capital, cresceu tomando prefeituras do PT e do PSDB.
“Vencemos em cima da polarização deles mesmo. Eles estavam desgastados e aproveitamos o desgaste”, diz o presidente estadual do PV, Marco Antônio Mroz, que já fala em “cinturão verde”.
O dirigente destaca o fato de os eleitos serem “lideranças novas”. Apesar disso, eles não são oriundos do movimento ambientalista. “O programa do PV não é só ambiental”, afirma Mroz, que garante ter feito uma “triagem” antes de aceitar as filiações.
O caso mais emblemático foi o de Diadema, onde bateu o grupo político do PT, que estava havia 30 anos no poder. O eleito Lauro Michels saiu do PSDB, porque a sigla não concordava com a candidatura. A tucana Maridite, terceira colocada, teve de apoiá-lo no segundo turno.
Situação semelhante ocorreu em Jandira. O prefeito eleito Gê era um petista histórico que não recebeu apoio para ser candidato. A atual administração é do PSDB.
Na região, a sigla apresentou dez candidaturas próprias e apoiou, nos outros municípios, dez partidos diferentes. Em quatro se aliou ao PT e, em seis, ao PSDB.
O PV vai administrar cidades que, juntas, têm 733 mil eleitores. O PMDB, com seis prefeitos, terá sob responsabilidade 385 mil eleitores.
Folha de São Paulo