O candidato do PV a prefeito de Diadema, Lauro Michels, rebateu as críticas desferidas pela ministra do Planejamento e Orçamento, Miriam Belchior (PT), que o chamou de “pastel de vento” por, segundo ela, não ter propostas. Michels afirmou que “é melhor ser pastel de vento do que ser pastel cheio de dólar do Mensalão.”
“O partido dela (PT) acabou de ser condenado no Mensalão. Ela vai ter de comer pastel recheado de dólar”, emendou o verde, que ontem percorreu a feira livre do bairro Taboão. No sábado, Miriam fez atividade de campanha no Jardim Marilene ao lado do prefeito Mário Reali (PT), que concorre à reeleição.
Foi a segunda vez que Michels utilizou o Mensalão para atingir o PT. No primeiro turno, fez ilações de que a campanha de Reali tinha verba do suposto esquema de caixa dois e compra de parlamentares na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O prefeito entrou com representação judicial contra o rival. O processo, apesar de não ter sido acolhido pela Justiça Eleitoral de Diadema, ainda está em trâmite no TRE (Tribunal Regional Eleitoral).
Para o candidato oposicionista, o PT mostra “descontrole e apavoramento” com a possibilidade de perder o comando da Prefeitura após 30 anos de gestões petistas e de aliados. O verde disse que os ataques recebidos pela ministra “mostram que essas pessoas não estão preparadas para estar onde estão”. “É desespero dela (Miriam)”, sentenciou.
Ontem, Michels caminhou pela feira do Taboão ao lado do humorista Edvan Rodrigues de Souza, o Buiú (PMN), quarto colocado na disputa pela Prefeitura no primeiro turno e que decidiu no início da semana passada aderir ao projeto oposicionista.
O verde apresentou empolgação com a receptividade no local. “E esse bairro é petista. Desta vez foi bem melhor do que quando passei aqui uns 20 dias atrás”, confidenciou a alguns apoiadores. Michels privilegiou diálogo mais demorado com o eleitorado.
Ele reclamou novamente de suposta rede de boatos espalhados pelos petistas para desconstruir sua imagem. “Estão sem conteúdo. Então partem para o xingamento e agressão. Preferem o conteúdo da mentira, que tem perna curta”, disse, recorrendo ao ditado popular.
No sábado, visitou o Shopping Popular afirmando que petistas estariam dizendo aos comerciantes que, se eleito, ele iria fechar o espaço para construir uma unidade do Poupatempo. “Quero discutir coisas propositivas para a cidade e não entrar nessa questão de ataques pessoais. Esses xingamentos são bem menores do que os problemas de Diadema”, avaliou.
Diário da Grande ABC